Uma vez ganhei um bloquinho com folhas coloridas , ele colocou o nome de bloquinho iluminado pois a maioria das folhas eram amarelas, e que seriam destinadas a textos de amor .
Na época a minha infantilidade e falta de atenção não entendeu que aquilo era muito mais que apenas folhas coloridas de papéis era uma demonstração de carinho e que alguem se importava em me compreender e saber mais de mim e de Anna minha companheira de canetas.
Passado quase um ano volto sempre a essa foto pois não consigo coragem para pegar essas folhas nas mãos e nem de escrever sobre elas. Penso na pessoa e em todo contexto que ela envolve e sinto o cheiro do bloquinho.
Arrependimento, a palavra já soa como algo ruim e nebuloso, muitas ações pequenas que fazemos nos marcam eternamente e semprem voltam a mente num dia claro ou escuro e aperta o peito como algo que não pode se curar. Qual o remédio para cura ? Sempre perguntei e hoje olhando essas folhas eu encontro apenas uma resposta, a cura é o tempo. Mas não me acomodo apenas , agora tento compreender o tempo e porque ele pode ser tão decisivo e forte .
É como se fosse uma agulha sobre um vinil, colocada delicadamente em cima da melodia ela pode causar menos danos ao resto sintonia, já ao contrário tudo pode se desincarrilhar e terminar apenas como ruído .
Tulasi
Ao som Interpol - C´mere
Dedico aos que se emocionam com palavras .
2 comments:
Não somente com as pelavras, me emociono com o papel em si. E o cheiro do grafite sobre ele.
Bloquinho tive vários.
Eles são meus pequenos corações.
ps: fui lá no "alternativo"
vc tem colaboradores nele?
soou como tivesse..
;)
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