Eu frequentemente penso em mudanças , perco o ponto em que vou descer quando me sento no banco do onibus , os lugares vão passando em minutos mas ao meu olhar tudo esta estático e só eu me movimento em lentidão .
Escuto aquela música que sempre se repete , me arrepio quando chega naquela parte que mais gosto, mas ainda não sei porque isso acontece. Logo, questiono os sentidos e o motivo de me emocionar por coisas que me fazem ser estranha.
Meu ouvido modestiamente músical se irrita com as risadas e comentários alheios, mas me irrito ainda mais com a minha insensibilidade de não entender que é um momento de descontração para tal e qual .
Me acomodo mais uma vez ao bando do ônibus e olho com simplicidade ao meu lado, vejo rugas e um tom cinza nos cabelos, sinto o canto da minha boca se entortar num sorriso amarelo porém bonito. E no ato uma acão engole a outra em um segundo antropofágico de tempo, ela entendeu o que eu estava olhando nas passagem de pontos .
Levanto com o olhar para o chão que pode ser entendido como tristeza, mas eu sei que apenas tento não olhar a janela que continua me mostrando o mesmo lugar de embarque, e quando colo os pés no asfalto eu percebo que a janela falava comigo, ela me dizia que o que eu entendia das passagens na rua era uma pura ilustração de mim a mim .
Logo a sensação de tristeza toma conta dos meus olhos que entenderam o que eu já havia me perguntado porque fazia. Eles tambem perceberam .
Tulasi
Ao som de Death Cab for Cutie - What Sarah Said
Para M.(Desenterro).
1 comment:
Será que todas as vezes que entrar aqui, vou me emocionar? rs
Pessoas alheias, como num ônibus.
Elas não fazem idéia da revolução que se opera dentro da gente.
Só irão perceber quando nossas armas internas se exteriorizam.
Ouvi a banda!
Gostei muito. Além da música recomendada, ainda ouvi outras só pra ter certeza de que gostei do estilinho.
Acertou em cheio, minha cara ;D
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