O processo de saber e perguntar .

Meu contato com a filosofia vem desde que uma mão- que aparentemente não era tão simpática- me deu alguns livros para ler , começava desde Sócrates até que percebi meu favorito Maurice Merleau Ponty, um filósofo do século XX que ficou conhecido por sua facilidade em lidar com os fenômenos que acontecem em nosso consciente , a partir daí ele desenvolve um estudo da nossa percepção e como cada objeto se torna uma dada coisa na nossa mente . Uma das filosofias e métodos de estudo mais difíceis que há nesse campo, mas não foi para ele .

Uma das frases dele que mais gosto e que daria dezenas de textos como esse é a seguinte :

" A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo "

Desconstruir pensamentos e imagens através do nosso próprio raciocínio é uma maneira de criar uma nova capa ao mundo que nos engloba, a cada pergunta e na ilusão de acharmos uma resposta que achamos ser a certa, essa resposta se torna outra pergunta .

" Só os pensadores secundários que, na verdade, não se podem chamar filósofos, estão contentes com as suas definições ..." Isso dizia Husserl , as respostas na Filosofia não são imediatas e concretas , pois nela não há o definido, pronto e acabado são os pensamentos que não atingem um grau máximo de interesse e crítica , e como isso pode acontecer na Filosofia ?

Filosofia que dizer " A procura amorosa do saber " e o saber não tem fim , pois o tempo continua e os acontecimentos e movimentos não param, deles as novidades e questões que nos impelem de calar .

Refletir sobre mim mesma e o que me rodeia me faz entender que para ser uma historiadora usarei da filosofia e não serei filósofa, porque a partir do momento que o seu ser se torna algo chamado filósofo, é único , pois ela pertuba e incomoda e a praça pública não é o melhor lugar .

Indico "Convite a Filosofia" Marilena Chauí .