Monday, July 07, 2008

De volta.


Já tem algum tempo em que não escrevo e divulgo minhas "criações" nesse espaço, hoje porém me fez falta, aqui funciona para mim como uma espécie de alívio, e não sei por qual razão ao certo eu havia desistido de fazer algumas coisas que sempre amei fazer, e uma delas é escrever.
Sinto nos últimos tempos, que estou submissa a uma liberdade condicionada, presa a horários,e compromisso que não escolhi, adquiri um grau de impaciência que não gostaria de ter de conviver, mas também não sei como anula-lo.
Pois bem , mas como ser adulto nunca foi sinônimo de facilidade e conforto, a não ser é claro para quem não precisa trabalhar no que não gosta, de ter o dinheiro contado no fim do mês essas coisas da rotina de quem é realmente um cidadão latino, vivo ou melhor sobrevivo entre uma música ou outra, uma risada sem sentido lá no começo da semana , e assim espero as sextas feiras se aproximarem de mim, juntando e juntando sextas feiras eu consigo que o tempo passe.
Mas passar o tempo ? Pra quê ? O que eu tenho feito dele ? Bom, até onde meus sentidos podem alcançar, tenho pensado, refletido e desejado muito, mas nada se tornou papável, creio que será assim por mais, sei lá, uns 60 anos.
Não Sei.
Ninguém sabe, as pessoas se iludem, seja com um carro, uma bolsa nova,o que for, se iludem e amenizam suas naúseas.
A minha prevalece latejante no fundo do estômago.
Viva Sartre.
Boa Segunda Feira
Tulasi.

Saturday, December 22, 2007

Hoje.

Tenho dito e pensado muito em sobrevivência a mim mesma, não sei se devo todas essa "Náusea" as leituras sartreanas que me rodeiam nos meus entre tempos. O trabalho é a pior maneira de se adquirir dinheiro, as obrigações as cordialidades que o trabalho exige, no meu caso são meras falsidades legais que a sociedade impôs de maneira tão sútil, que leva as pessoas acreditarem que enobrecem o homem.
Com isso tudo que os digo, tento entrar na questão de que tem tempos em que não escrevo aqui, e não há outra causa senão o tempo que o trabalho me tomou.
As leituras são constantes, estou numa fase que Sartre e o existencialismo me mesclam em palavras e suspiros. Depois da leitura chocante de "A idade da razão" entrei de corpo , alma e debates no seu romance nauseante, e ainda tenho em minhas mãos "Susis" que é a continuação da Trilogia que segue o primeiro livro que citei .

Tudo perdeu o sentindo que eu sempre acreditei ter nas coisas, e isso, possam vocês acreditar ou não, é uma coisa muito boa, todas essas noções que eu já aqui criticava tomaram outras formas que eu ainda criticarei.

Enfim, digo lhes nesse texto em que Monique estou hoje e agora .
Assim.




Tulasi.

Sunday, November 25, 2007

A arte e um olhar política - Livro de Beatriz Sarlo - Paisagens Imaginárias

A escritora socióloga argentina Beatriz Sarlo, durante o capítulo quatro que se estende sobre o assunto intitulado “Um olhar político, em defesa do partidarismo na arte” de maneira muito sutil e clara.
Uma das discussões mais importantes relaciona a nova arte e a arte tradicional, uma perspectiva que pode focar tanto na continuidade quanto no que se refere ao passado.
A arte tem a sua disposição as práticas históricas, políticas, comerciais, estéticas e culturais. Em relação à história concordo quando Baudelaire diz: “O político no histórico, o eterno no transitório”, ou seja, durante toda a história haverá a transição da arte entre os tempos.
A grande discussão então da modernidade é o ligar em que arte tomou dentro da sociedade, o papel social que ela exerce na vida das pessoas e nos olhares políticos sobre ela. Fica muito nítido hoje que a arte moderna aderiu uma significância de ruptura, sendo que não passa de uma fragmentação do que já foi considerado arte e o é até hoje.
O mais incrível é que a arte em si não tem função, ela existe e cria infinitamente em todos os campos, ela pode ser utópica se quiser, pode brincar com padrões e o mais importante sugere e instiga modos de pensar e novas maneiras de ver o mundo. Ela trabalha com o ilegal sem ter penas a cumprir.
Penso então que o olhar político sobre o tema arte segue as vertentes morais e não históricas e teóricas, ele se molda em possibilidades sociais e econômicas, na estética, que atende a um sentido público de mudanças nas práticas de tal classe e suas intervenções no meio.
Esse olhar se fixa na força do mercado, no poder de padronização e sucesso. Essas preocupações políticas desencadeiam uma série de tópicos a serem questionados, como a cultura popular, que nada mais é que a expressão dos pontos de vista de uma parte da sociedade.
A socióloga deixa isso bem claro citando Raymond Willians, Kafka entre outros, provando que a discussão não é do presente, a discussão vem de tempos.
Enfim, a política como representando de instituições é responsável pelas mudanças que a arte sugere e em como ela é entendida.

Wednesday, October 17, 2007

Assim Falo eu depois de ler Zaratustra.







É pode ser que o super-homem que Nietszche fala em Zaratustra exista sim, mas do jeito que as coisas vão indo , temo eu que o mundo acabe, e esse nível de pensador não nos mostre a cara .
Claro Nietszche não é fácil de entender muito menos de se incorporar na realidade, mas maravilhosamente seus pensamento são tão densos e profundos que nos pegamos em pequenos surtos de loucura ao pretender entende-lo.
Acho que estou em criso comigo mesma, não pelo autor e seus escritos, mas na impaciência de ver coisas que não fazem sentido serem vividas, então que morram essa moscas venenosas do mal gosto, da poluição visual e sonora.
Que o poder entre em decadência e as mentes-azeitonas caiam no mundo grotesco em que vivemos, nem tudo é doce e quente e não pretendo escrever hoje coisas que encantem o seu o meu e nosso ego.
Pretendo nesse post que as pessoas que aqui lerem o que escrevo pensem mais no lado amargo das coisas, porque a auto-ajuda já fez muito bem o seu trabalho em embelezar o que nunca terá cor, em solucionar o que não tem solução .
É triste e sempre será assim , boba sou de ainda escrever sobre isso e aquilo que aumenta minha rebeldia com os movimentos do mundo.
Acho que por isso o escritor alemão se individualizou ao máximo da palavra, não pretendo o fazer, mas entendo e lanço a flecha para aquele que um dia cuspiu na obra deste homem.
Viva o super-homem, já que nos acostumamos a reverenciar pequenas merdas, então que a saldação seja a algo que valha o grito .


Tulasi.

Wednesday, October 10, 2007

Um futuro escuro.




Quanto mais eu penso que certas coisas não há jeito, mais essas coisas insistem em não ter jeito mesmo.
A televisão esta cada vez pior, as rádios cada vez mais burguesas e rídiculas e as novelas então nem se fala, agora bandido faz plástica e muda de identidade. E a preocupação onde fica ?
Chegaram aos meus ouvidos que o governo se não já aprovou, aprovará que a partir do ano que vem o décimo terceiro salário e as férias serão reduzidas.
Cada vez mais o assalariado volta as raízes do feudalismo numa era de mouse sem fio de mp3 4 5. A ordem vigente a cada ano que passa se torna mais descarada e impetuosa, faculdades privadas agora se tornam grandes empresas onde a mais valia e o lucro são brilhos nos olhos.
Não sou socialista e não tenho a pretensão em ser, mas quando Marx diz que o capitalismo foi a transição do mundo feudal, ele esta certo. Hoje não temos os senhores feudais, mas temos os patrões que tem taxas de desconto para tudo, não incentivam a aprendizagem do funcionário e muito menos se importam com eles, são meros produtores de coisas.
As idéias marxistas não são para serem levadas a risca na realidade que temos hoje, mas servem de base para questionarmos o que acontece hoje. Marx escreveu em outro contexto histórico mas as críticas e questões abordadas por eles são imortais.

Vejo na TV , e nos nos meios de comunicação em geral , uma forma de poder de massificação tão grande que parece-me que o abismo esta próximo. E o povo que fica cada dia mais longe da educação, se embebeda de padrões televisivos. É triste.
Tulasi.

Friday, October 05, 2007

The French Kicks.




Meu amigo Jujo me indicou a banda The French Kicks e sem pesquisar nem nada, fui baixar e procurar vídeos. A banda é bem suave, me impressionei porque achei a voz do vocalista muito parecida com a do Bono Vox, eu não gosto de U2, mas o BonoVox é bem legal.
Continuando, logo percebi e senti aquela sensação típica de Monique, de parecer que a banda esta tocando dentro do meu quarto e eu estou de costas para eles. Meio estranho eu sei, mas é verdade, mas enfim , vi dois vídeos um deles da música "So far we are" que é linda vale a pena escutar.
Ta ai o link pra quem quiser escutar .
Tulasi .

Tuesday, October 02, 2007

Norah Jones







Sou e sempre fui a favor das mulheres em primeiro lugar, sempre que leio um livro e as mulheres são citadas defendendo seus espaços me emociono verdadeiramente. Nos últimos meses tenho descoberto a mulher na literatura e na história, já postei aqui Marilena Chauí, que foi minha primeira descoberta no mundo das letras e pensamento.


Descobri recentemente o papel de grandes historiadoras na revolução da forma de escrever, no movimento histórico e hoje começo a adentrar em Norah Jones. Norah Jones é uma pianista norte americana de voz mais que suave, angelical que é formada em jazz/piano e já gravou 4 discos de enorme reconhecimento, e muito do merecido.


Recebeu vários Grammys e já fez parcerias de peso, tipo Bob Dylan na música "I´ll be your baby tonight", olha eu sempre achei o Dylan um deus do rock, mas nessa música ele fica pequeno perto da voz de Jones.


Muitos podem já ter lido seu nome , quando sua música "Don´t Know Why" fez parte da trilha sonora de alguma novela global de que não me lembro o nome agora, mas ela não se resume a isso seu trabalho é denso e cheio de personalidade, uma mistura de folk, country de qualidade e jazz que encanta qualquer um.

Essas mulheres provam o quanto o mundo machista é uma ilusao e uma falta de inteligência.


Escutem e vejam :






Tulasi.